terça-feira, 3 de maio de 2011

Sangue de Osama tem poder!

Em nome da luta pela democracia se lava a honra com sangue. Em busca de justiça se promove a vingança. Assim é o jeito EUA de ser...

Obama é idolatrado por ter mandado assassinar Osama Bin Laden. O mundo é um lugar mais seguro a partir de hoje justificou o presidente estadunidense. Por que será que eu não sinto isso? Creio que o mundo é um lugar mais medieval e violento a partir de hoje punindo sangue com sangue...

Por que não capturar e levar Bin Laden para um julgamento? Ora, a resposta é a mais desprezível possível. O povo dos EUA queria sangue! Pelo poder do sangue de Osama veremos Obama se reeleger no ano que vem... Por que não respeitar os direitos humanos, mas respeitar a cerimônia funeral islâmica? Ora, porque quem se mete com os EUA termina morto e sem dignidade. Além disso, é bom evitar loucos que possam transformar Osama em mártir... não é? Vale lembrar que sem corpo não há crime, apenas justiça...

Os moradores de Nova Iorque foram às ruas comemorar a morte de Osama, os parentes das vítimas do World Trade Center dizem que classificam de justiça, quase um milagre o que Santo Obama fez... Pena que o sangue de Osama, mesmo sendo tão poderoso, não trará de volta suas vítimas...


OBS: Esse texto não é a favor de Osama Bin Laden. É só para expressar meu repúdio ao ato de matar uma pessoa (sim, apesar de tudo Bin Laden era uma pessoa e os direitos humanos deveriam ser aplicados até mesmo a ele!) ao invés de julgá-la e ainda fazer de sua morte plataforma eleitoral... Obama me decepcionou mesmo com essa atitude digna de George W. Bush...

Um comentário:

  1. Obama é apenas um apêndice da política dos Estados Unidos. Não fosse Obama, seria outro. O discurso civilizatório é uma marca da cultura ocidental, porquanto seus valores são os mais corretos e desejados. Ao mesmo tempo, em nome dessa civilização, persegue-se, faz-se guerra, mata-se, sempre com a prerrogativa da ordem e da segurança. Qual a necessidade de se expandir a Democracia, por exemplo? Está claro que ela não funciona como desejamos; que ela é falha, manipulável ao sabor dos representantes do povo. Em uma hora como essas, em que o governo dos Estados Unidos se vale do direito de invadir países, perseguir e condenar, vemos os limites dessa Democracia. Pois bem, até hoje não me convenceram de que os atentados de onze de setembro foram obra de muçulmanos radicais. Deixemos o povo de Nova York consumir mais esta mentira; eu, ao meu turno, só tenho a lamentar...

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