Quando a esmola é demais o santo desconfia...

Três grandes empresas do setor de supermercado (Carrefour, Wal-Mart e Pão de Açúcar) anunciaram ontem que deixaram de comprar carne de frigoríficos localizados em áreas de desmatamento na Amazônia. A boa ação das empresas realmente me chamou a atenção. Meu primeiro questionamento foi o que elas lucram com isso? Instituições não filantrópicas quando fazem algo pelo social geralmente é porque de alguma forma irão lucrar com a ação. Na maioria das vezes essa recompensa não é dinheiro em espécie, mas a redução no imposto de renda (para empresários menos ousados) ou marketing social (para empresários mais ambiciosos), a simpatia do consumidor é muito importante. Uma parcela da população costuma comprar produtos de empresas que lutam pelo social. Além disso é uma carta na manga em momentos de crise. Apesar do consumidor se indignar com a atitude negativa sempre irá se lembrar da ação positiva, o que irá gerar um equilíbrio. Muitas pessoas pensam que é melhor comprar de alguém que errou hoje, mas acertou ontem do que de alguém que nunca acertou nem errou.
A responsabilidade social estratégica é tão comum que o Wal-Mart também a colocou em prática talvez sem saber que iria colher os frutos tão rapidamente. Uma unidade carioca da rede de supermercados maquiou mercadorias. Produtos vencidos foram colocados nas prateleiras com novas embalagens e validades para a comercialização. A má fé da empresa provou que boa ação de salvar a floresta não passou de falsidade. Como o Wal-Mart pode falar em responsabilidade social se não tem conduta ética? Enganar o consumidor fere o conceito que estavam pregando ao salvar a Amazônia. Total falta de coerência e compromisso ..

Caso se interesse por outras ações de marketing social do Wal-Mart

http://www.walmartbrasil.com.br/sustentabilidade/