Todo homem é igual perante a lei, pena que isso está prestes a não valer mais para as leis militares. Será que a capacidade do individuo dar ordens depende diretamente de sua orientação sexual? A hierarquia perde a força quando o militar é homossexual? Essas foram as dúvidas que o general Raymundo Nonato de Cerqueira Filho, um dos candidatos a ministro do Superior Tribunal Militar, deixou ao declarar que a tropa não obedece a gays. Caso as Forças Armadas aceitem esse homem para ministro e acatem suas opiniões sobre homossexuais, elas estarão violando o Artigo 3° da Constituição que diz:
Art. 3º Constituem objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil:
IV - promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação.
Os políticos e militares deveriam ser os primeiros a respeitar a Constituição, mas parecem ser os primeiros (sobretudo os políticos) a desrespeitar.
Ser heterossexual e saber que tem homossexuais nas Forças Armadas deve ser um tanto desconfortável admito (porque sempre tem pessoas desrespeitosas independente de sexo, credo ou estado civil em qualquer lugar), mas privar pessoas da carreira militar (não só de carreiras, mas de sonhos, de educação etc...) porque essa pessoa é gay é uma vergonha! É preciso respeito com todos! Os heterossexuais precisam respeitar os gays e os gays respeitarem os heteros, ambos não cometendo ações antiéticas. O respeito tem que ser uma via de mão dupla!
O preconceito desse general pode abrir brecha para outros tipos de preconceitos na vida militar. Mulheres, negros, homossexuais todos podem ser banidos caso esse homem torne-se ministro.... Um ex-militar gay afirmou que Alexandre, o Grande era homossexual e gravou seu nome na história por suas brilhantes conquistas militares. A tropa sempre obedecia a ele! Eu complemento que Joana d’Arc era mulher e também comandou tropas sendo além de tudo adolescente e foi respeitada! Tudo depende de ética, de hierarquia e respeito, não de sexo ou orientação sexual...
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