segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Luz no fim do túnel?

Os tramites referentes ao retorno da obrigatoriedade do diploma para a função de Jornalista já estão em andamento e uma nova determinação pode surgir ainda no próximo dia 11.
Conforme informado no site www.comunique-se.com.br, "A Proposta de Emenda à Constituição 386/2009, que restabelece a obrigatoriedade do diploma para o exercício do jornalismo, deverá ser votada na próxima quarta-feira (11/11) pela Comissão de Constituição e Justiça da Câmara (CCJ).
O Impasse em relação ao Diploma surgiu após a determinação do STF, encabeçada pelo presidente da casa, Gilmar Mendes, de que a exigência do diploma estaria em desacordo no que é descrito na Carta Magna e pelo fato de, segundo Mendes, não haver necessidade de formação de profissionais para a área no espaço acadêmico. Além disso, ainda segundo o texto, o diploma não acabaria com a irresponsabilidade da grande imprensa.
A retomada do Diploma pode ser o primeiro passo para a garantia da profissão, mas quando falamos sobre a legitimidade do jornalismo no espaço acadêmico devemos pensar também na criação de um Conselho de Ética que discuta as questões pertinentes às faculdades. Um bom exemplo disso, são os conselhos dos advogados ou dos profissionais de enfermagem, que defendem a manutenção do diploma. Nos segmentos de comunicação, os profissionais são defendidos exclusivamente pelo FENAJ. Federações tem como objetivo principal destacar causas trabalhistas, ligadas a ação dos sindicatos.
A criação de um conselho faria com que a formação de profissionais e a atuação dos jornalistas fosse discutida.

4 comentários:

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  2. Caraca ficou muito grande era melhor ter postado mesmo... Rs

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  3. Espero realmente que seja uma luz no fim do túnel...
    Para as pessoas que não são formadas em jornalismo pode ser muito simples executar essa profissão! Para muitos, o jornalista é o cara que sabe de tudo e só lê ou escreve as notícias. O senso comum não entende o jornalismo como uma profissão de apuração, investigação e que tem seu próprio código de ética que muitos jornais até renomados no dia-a-dia insistem em burlar em nome da informação. Para os políticos,profissionais do judiciário e empresários o jornalista ideal é aquele que não apura que só engole e publica as informações vindas deles. Para eles, jornalista ideal é aquele que não questiona, que é preguiçoso e prefere simplesmente copiar o texto vindo das assessorias.Por outro lado, para o público jornalista ideal é aquele que não só passa a informação como opina e chega a uma conclusão por ele, o chamado "formador de opinião". Não deveria ser assim! Na faculdade aprendemos que além de apurar temos que dar voz aos que não são ouvidos e aos especialistas também. Temos que informar os fatos de uma forma mais neutra possível para que o leitor/expectador chegue a sua conclusão. Na universidade forma-se profissionais com senso crítico, mas com a decisão do STF qualquer um pode ser jornalista basta saber ler, escrever e conseguir se expressar. A decisão do STF formará em breve um grande contingente de massa de manobra. No Brasil, jornalista é realmente tratado como amador. Não tem nem um Conselho da Profissão. No Brasil, a qualidade do jornalista está na emissora em que trabalha (grande absurdo), esquece-se que a político do QI é a vigente... (apesar de existirem profissionais de qualidade nas redações tb)
    Desculpem o desabafo, mas se com faculdade vai mal imagina sem... As empresas darão prioridade aos formados, mas tb acolherão muitos sem formação por ser mais fácil de controlar suas atividades de acordo com o interesse comercial/político... A falta de diploma é de interesse de todos menos dos próprios jornalistas que não estão lutando devidamente contra esse absurdo!

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  4. Não sei se concordo com isso não (do comentário)... Sei disso tudo e claro que concordo. Mas acredito que o mercado possa dar a resposta à altura. Haverá o veículo medíocre que contratará o profissional medíocre (e isso existe com ou sem obrigatoriedade). Mas o bom profissional, ético e comprometido, continuará tendo seu espaço. A meu ver, o profissional com diploma não é melhor porque aprendeu essa noção... Essa noção dá pra se ter na prática (como disse, a quem interessar). O profissional com diploma é melhor pela base que recebe na faculdade. A base teórica. Para mim, a Faculdade de Comunicação (fiz PP - que já tá nessa da não obrigatoriedade há tempo) serviu pela transformação. Sempre ouvia os professores dizendo que o importante eram as matérias teóricas, mas os alunos focavam nas práticas. Hoje tenho certeza de que as teóricas foram as melhores... Essas não dependem do tempo, da época e essas que formam a pessoa por trás do profissional. (A Ética está dentre elas... Mas é aquilo... Não é a matéria que faz o sujeito ser ético).

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