quinta-feira, 31 de março de 2011

I Prêmio Estácio de Jornalismo

A Universidade Estácio de Sá irá promover sua primeira premiação de jornalismo. No júri, jornalistas da CBN, Folha de São Paulo, O Dia, Veja... Provavelmente mais uma ação para tentar “limpar” sua imagem denegrida há quase 10 anos por uma matéria do Fantástico. Ao saber dessa premiação, não pude deixar de me perguntar se algum aluno da Estácio concorrerá em alguma categoria desse prêmio (com sorte a categoria regional ...).



Sou ex-aluna dessa faculdade justamente no curso de jornalismo. Estudei lá de 2002 à 2006. Tive ótimos professores que na época também davam aula na UFF. O campus Niterói tinha boas instalações e dava ao aluno condições de colocar em prática seus conhecimentos adquiridos em sala através de laboratórios (agência de publicidade jr., jornal mural e rádio). Só que internet e assessoria de imprensa, que são as áreas que mais empregam jornalistas, não tinham laboratórios. Apesar disso, só a existência dos tais laboratórios já considero um grande diferencial, afinal as outras universidades não tinham ou não tem. Mas, para o mercado de trabalho nada disso importa. Talvez, os empresários nem saibam que isso acontece e acabam preferindo tradicionais nomes como UFF, UFRJ, UERJ, PUC ao invés de Estácio (que até hoje não teve sua imagem desvinculada ao analfabeto que passou no vestibular da faculdade) na hora de contratar...



Pode até ser que eu seja uma jornalista frustrada já que não tive ainda experiência profissional nas áreas que eu mais gosto (Comunicação Empresarial e jornalismo econômico) e porque eu exerça um cargo de 2° grau numa empresa de comunicação em que a maior parte dos empregados são formados e se encontram na mesma situação que eu. Acredito piamente na minha competência e inteligência! Acredito piamente na competência e inteligência dos meus amigos! Pena que o mercado de trabalho é tão cruel... Mas a guerra ainda não terminou! Pode se preparar para mais um round mercado!




I Prêmio Estácio de Jornalismo

R$ 68 mil brutos em 8 premiações diferentes.


Categoria Veículo Nacional: R$ 10 mil brutos para o melhor trabalho jornalístico impresso (jornal e revista), R$ 10 mil para TV, R$ 10 mil para rádio e R$ 10 mil para internet.


Categoria Veículo Regional: R$ 7 mil brutos para o melhor trabalho jornalístico impresso (jornal e revista), R$ 7 mil para TV, R$ 7 mil para rádio e R$ 7 mil para internet.


As inscrições seguem até 30 de junho de 2011

São elegíveis à premiação trabalhos jornalísticos que tenham o Ensino Superior como tema central e que tenham sido exibidos, publicados ou veiculados pela primeira vez entre 1º de julho de 2010 e 31 de maio de 2011.

quarta-feira, 30 de março de 2011

Ossos do ofício jornalístico: Aves de Rapina

Acho graça quando me lembro que algumas pessoas escolheram ser jornalistas por considerar uma profissão glamurosa. Essas pessoas não devem se lembrar das coberturas de enterros, velórios, notas de falecimento, obituários e boletins de estados de saúde que os repórteres volta e meia são obrigados a fazer principalmente em início de carreira. Algum professor meu (não me lembro qual) apelidou os jornalistas de “aves de rapina” (birds of prey) quando fazem tais coberturas.


José Alencar morreu ontem, mas cada vez que ele foi internado nos últimos anos um repórter estava lá para cobrir e prontamente traduzir o boletim médico para informar o público sobre a situação de nosso ex-vice-presidente. E não pensem vocês que essa infinidade de matérias sobre Alencar foi feita de ontem pra hoje. Não mesmo! Desde a primeira internação grave do político provavelmente já tinham sido feitas e aos poucos foram atualizando informações sobre a vida dele (carreira, pessoal, doença...).


O ofício de jornalista pode endurecer o coração principalmente de quem já tende a frieza. Claro que acredito que os repórteres, como pessoa, torciam pela recuperação de José Alencar. Mas por outro lado: Não seria tentador desejar que ele morresse para ter o reconhecimento do furo jornalístico? Ser o primeiro a divulgar o falecimento...


Só para encerrar esse texto frio, bizarro e mórbido vale lembrar que recentemente morreu o jornalista Mario Rodrigues conhecido como Toninho Boa Morte que era referência na editoria de obituários. Ele trabalhava no jornal O Estado de São Paulo. (esse da foto)

domingo, 27 de março de 2011

Milagre da Vida!

Depois de tanto escrever sobre tragédias nos últimos tópicos. Depois de tanto reclamar, me decepcionar e me revoltar com atitudes de certos seres humanos. Depois de completar mais um ano de vida na semana que passou... Eis que do nada emergiu do buraco negro de minhas memórias de infância uma música chamada "Milagre da Vida" que a Xuxa cantava bem no início da década de 90. Até que nessa época algumas músicas para o público infantil tinham um conteúdo interessante... A composição é da lendária dupla Michael Sullivan e Paulo Massadas.

Vamos lá! Na palma da mão! Essa é pra começar a semana bem!!!


Milagre da Vida

Descobri uma palavra que ninguém sabe o que é diz pra mim o que é milagre ganha um doce quem souber "É o ar que respiramos" Uma árvore falou "É a água que bebemos " O riacho sussurrou "A comida que comemos" Me contou seu abobrão "É o céu" gritou voando Meu amigo gavião "É o mar e seus mistérios" A sereia me falou "É a flor que sai da terra" Um passarinho me contou "É nascermos um do outro" Um velhinho sussurrou "É o sol que nos aquece" Uma fada me explicou Vida, vida que sai do coração Num sorriso de criança Encontrei a solução O amor nasce no peito E faz o sonho acontecer Cada dia que amanhece É um milagre a renascer



quarta-feira, 23 de março de 2011

Tragédia: Japão X Brasil

O assunto preferido da mídia nas últimas semanas tem sido a tragédia no Japão. Atendendo ao pedido do nosso seguidor Barão, o Útil ao Inútil preparou um texto comparativo entre a tragédia japonesa e a da região serrana.

Comportamento do governo

O Japão é um país acostumado aos terremotos e maremotos devido a sua péssima localização na placa tectônica. Ciente disso, o governo nipônico fez um fundo para catástrofe de 200 bilhões de dólares. Há rumores de que o país estaria amenizando a gravidade da tragédia diante do mundo devido ao hábito do japonês de evitar expor escândalos. Vale lembrar também que o regime político vigente por lá é a monarquia parlamentarista. Resumindo o imperador deles equivale a rainha da Inglaterra (apenas figura decorativa não apita nada na política do país).


Aqui no Brasil, durante a tragédia na região serrana, o que se viu foi a liberação de verbas do governo federal em caráter emergencial para a reconstrução das cidades devastadas (ou seja, depois que Inês foi morta nos deslizamentos). Sem falar no aluguel social de 500 reais que as pessoas que viviam em áreas de risco têm direito, mas muitas não viram até hoje a cor desse dinheiro. Além disso, muita gente reclamou que devido ao conhecimento das proporções do desastre houve especulação imobiliária e com a quantia não era possível alugar imóveis na região. O aumento exorbitante dos preços dos alimentos e até da água na região serrana assim que ocorreu os deslizamentos também aconteceu (culpa do velho hábito do brasileiro de querer ser malandro e se dar bem com o sofrimento do outro – vergonhoso!).

Comportamento da população

Mesmo com todo o desespero pela ameaça radioativa até nos alimentos não se teve notícias até agora de saques no Japão nem sequer de qualquer confusão motivada pela escassez de comida nas regiões afetadas. Já na tragédia na região serrana, os saques foram uma das primeiras providências da população. Especialistas em cultura japonesa afirmam que o cidadão nipônico confia muito no governo por isso não há rumores nem sequer de protestos. Já em terras tupiniquins o contrário acontece. O cidadão é sempre o primeiro a desconfiar do Estado (sabe aquela velha cultura do “ele rouba, mas faz “ou “político é tudo ladrão” que tanto me irrita...). Outra diferença gritante entre Japão e Brasil em relação a tragédias é a solidariedade. Japoneses não costumam se ajudar (um especialista em cultura japonesa em entrevista afirmou que eles são“orgulhosos”. Sabe aquele papo de honra que aprendemos nos enlatados japoneses que víamos durante a infância. É por aí...). Aqui no Brasil o pessoal adora fazer uma doação (o que considero ótimo) mesmo desconfiando das mãos por onde elas vão passar (lembram das notícias de roubo de donativos nos últimos desastres). Outra diferença drástica entre brasileiros e japoneses é como lidam com a morte. Enquanto na região serrana se viam imagens de parentes desesperados expressando toda a sua latinidade em lágrimas e revolta, no Japão quase não se vê lágrimas das pessoas que sofrem com a tragédia (e quando se vê são contidas) muito menos reclamações ou protestos...

terça-feira, 22 de março de 2011

Radioatividade na tela!

Essa história toda de radioatividade me lembrou do episódio de Chapolin em Acapulco (1974) que tem o Homem Nuclear. Estão lembrados?



Já Hollywood levou seu Homem Nuclear as telonas em Superman IV(1987).




Já o Japão expressou seu medo da radioatividade com Godzilla em 1954.

quarta-feira, 16 de março de 2011

Japão e o karma nuclear

Pensou em tecnologia, pensou no Japão. É, mais uma vez o destino irônico dá um tapa na cara da reputação de alguém... Agora o mundo assiste os japoneses serem vítimas de uma tecnologia e justo a nuclear que lá é tão essencial na produção de energia ...

Começo a acreditar que o Japão sofre de uma espécie de “karma nuclear”. Primeiro a bomba atômica devastou Hiroshima e Nagazaki. Os tempos eram outros, o motivo era outro e nada tem a ver uma arma de destruição em massa como uma usina de geração de energia exceto pela radiotividade... Passaram-se décadas, o Japão se reestruturou chegou a segunda economia mundial caiu para terceira e agora novamente está a radioatividade ameaçando a saúde da população.
Desta vez a tragédia foi provocada pela natureza. Um terremoto e um tsunami arrasaram partes do país resultando em explosões nucleares em Fukushima e colocando em xeque o sistema de segurança das usinas japonesas e consequentemente as de muitas outras pelo mundo afora, já que o Japão sempre foi referência quando o assunto é tecnologia...
Estou desde o dia que fiz essa postagem para complementar com a música Fátima e só agora tive tempo ... Acreditam? Bom antes tarde do que nunca não é?



segunda-feira, 14 de março de 2011

Oceano Pacífico: Que pacífico o quê...

Recentemente estamos sendo inundados por notícias de tragédias naturais do outro lado do mundo. Tsunamis, terremotos, vulcões em erupção e sempre em regiões banhadas pelo oceano Pacífico que tem até uma área específica em suas águas denominada “Círculo de Fogo” ou “Anel de Fogo”.

Diante de tantas matérias detalhando a tragédia no Japão não pude deixar de me perguntar quem foi o idiota que batizou esse oceano. Como a curiosidade humana não tem limites fui ao Google pesquisar. Segundo a Wikipédia foi Fernão de Magalhães. O navegador português deu a volta completa no mundo dentro de seu navio para buscar uma rota para o Oriente. Em suas “naveganças”, Fernão encontrou o Estreito de Magalhães (nem preciso dizer em homenagem a quem é o nome... Rs) que liga dois oceanos. Por considerar as águas do Pacífico calmas em relação as do Atlântico, o lusitano decidiu batizá-lo então com esse nome.


Depois de saber disso tudo me arrependi de chamá-lo de idiota. Coitado, de idiota Fernão de Magalhães não tinha nada. Foi um pioneiro nas navegações. Talvez ele só não tenha tido tempo de ficar em terra firme e avaliar o comportamento do Pacífico. Talvez na época dele, o Pacífico fosse outro, já que hoje o Pacífico é sinônimo de ondas (lembrem-se as melhores ondas estão no Havaí, nas praias australianas...) Talvez Poseidon queira sacanear a imagem de Fernão de Magalhães revoltando o Pacífico ou talvez o Pacífico tenha se revoltado porque cansou de assistir o homem degradar o planeta. Quem vai saber?

sexta-feira, 11 de março de 2011

Vai um prato de veneno?

Há tempos não ouço falar em transgênicos. Confesso que até já tinha esquecido que alimentos geneticamente modificados também eram comercializados aqui no Brasil. Me lembrei disso ontem ao assistir na Globonews um debate muito interessante sobre o tema polêmico. Um membro da sociedade nacional da agricultura defendia o uso dos transgênicos e ressaltava a inovação tecnológica na lavoura enquanto o gerente de campanhas do Greenpeace fazia afirmações bombásticas criticando a prática.

O ativista verde afirmou que transgênicos não foram testados conclusivamente nos laboratórios e quem consome acaba sendo cobaia humana. Declarou também que o uso de transgênicos só tem contribuído para aparecimento de superpragas nas lavouras. Além disso, ele chamou a atenção para a questão da falta de embalagens com o aviso de que o alimento é geneticamente modificado (logo podemos ser cobaias sem saber disso). Isso me indignou confesso, mas o que me gerou pânico é saber que o Brasil é o país que mais utiliza agrotóxico nas lavouras (lembrem-se que o cantor sertanejo Leandro morreu de câncer causado pelo contato com agrotóxico quando era lavrador de tomate!) e consequentemente é a nação que mais consome veneno nos alimentos à mesa. Fiquei realmente chocada com isso! Você não vê matérias sobre isso nos jornais (só em sites e publicações especializadas em causas ambientais provavelmente ...)
Depois dessas revelações bizarramente vergonhosas, a jornalista perguntou ao membro do Greenpeace: Mas não há nada que se aproveite nos transgênicos? Nem para diminuir a fome da população...
Admito minha desídia! Respondi essa pergunta mentalmente e não ouvi a resposta do entrevistado... mas a minha conclusão foi a seguinte: Nossa ela quer que os famintos sejam cobaias... Será que ela considera melhor morrer envenenado do que de fome? Será que a humanidade já chegou ao ponto de ter que fazer essa triste escolha...

Existem alimentos que são livres de agrotóxicos, os orgânicos, pena que ainda são mais caros, já que o brasileiro não tem hábito de consumi-lo ainda... Mas eles nem foram mencionados no debate da Globonews...

quarta-feira, 9 de março de 2011

Ian Somerhalder luta pelo direito dos animais

Cem huskies siberianos foram assassinados no Canadá. Os cães eram usados para puxar treinós e como não serviam mais para a função foram executados sem antes tentarem outras opções como a adoção. Ao saber desse crime, Ian Somerhalder (que interpretava o Boonie da série Lost e agora protagoniza The Vampire’s Diary que passa na Warner) ficou indignado e resolveu lutar para que as leis de British Columbia (onde isso aconteceu) sejam modificadas. Para o ator, a legislação tem brechas e ambigüidades que favorece aos criminosos por isso ele quer com a ajuda dos internautas evitar que isso continue acontecendo. Para acabar com essa covardia, Ian criou uma petição que mais de 4.500 pessoas já assinaram para pressionar que tais mudanças sejam feitas.

Quer assinar também?
http://www.change.org/isfoundation

Ações como as de Ian Somerhalder realmente me deixam contente. Ele é mais um a dar o bom exemplo utilizando de forma útil e positiva sua imagem e influência. Confesso que eu já gostava dele desde Lost agora tornei-me sua fã. Além disso, o ator tem uma fundação voltada para questões ambientais. Ele está de parabéns!

Visite também o site da Fundação Ian Somerhalder:

sexta-feira, 4 de março de 2011

Brasil é 7ª economia mundial

Sabia que você vive no país que é a 7ª economia do mundo? Sabia que o poder de compra do brasileiro é maior do que o dos ingleses e franceses? Não tem como não sentir um certo orgulho a priori não é?

Os números comprovam que a promessa de que os BRICs (Brasil, Rússia, Índia e China - países emergentes) serão as novas potências a cada dia está mais próxima de se tornar realidade. Pena que dados são frios. Quando você olha em volta e vê que o número de mendigos nas ruas não diminuiu não sente que o Brasil evoluiu. O poder de compra dos ricos e classe média aumenta, mas a desigualdade social não reduz na mesma proporção.
Poder de compra também significa que houve aumento de tomada de crédito (compras à prazo) pelas pessoas físicas, mas não significa que aquela pessoa será capaz de honrar suas dívidas... Sem contar que as decisões da equipe econômica do governo são tomadas para que o cidadão consuma mais e a economia cresça. Você já deve ter ouvido falar em selic (taxa básica de juros que é ajustada periodicamente pelo Copom). Se ela aumentar, os juros daquela sua conta do cartão de crédito sobe também e assim a tendência é que as pessoas comprem menos e haja inadimplência. Se as pessoas consomem menos há menor poder de compra. Se há menor poder de compra o PIB diminui e o Brasil pode voltar a ser a 9ª economia como era na última pesquisa feita pelo Banco Mundial...

Bom, economicamente estamos crescendo, não posso negar que fico feliz! Espero que Guido Mantega e companhia continuem realizando o milagre do crescimento pelos próximos anos. Quem sabe um dia a gente chega no topo do mundo nem que seja por um momento né... Ah! Eu meus sonhos novamente...








Dior, Portman e Galliano: que ironia do destino...

Natalie Portman que acabou de faturar o Oscar de Melhor Atriz pela brilhante atuação em “Cisne Negro” sofreu uma grande decepção esses dias. Ela que era garota propaganda do perfume Miss Dior Chérie afirmou que não quer nunca mais ver seu nome ligado ao de John Galliano. Quem é esse, você deve estar se perguntando caro leitor. Bom, esse homem era um dos principais estilistas da Dior até anteontem quando foi demitido por protagonizar um escândalo. Galliano foi flagrado em um vídeo que foi parar na internet. O estilista estava numa mesa de bar com alguns amigos se divertindo enquanto dizia que duas mulheres judias que estavam na mesa ao lado deveriam ter morrido no campo de concentração como as avós delas. A declaração gerou indignação geral em todas as partes do mundo, mas principalmente em Natalie Portman que nasceu em Israel e também pratica essa religião.
Depois da repercussão negativa para a Dior, o estilista que era um dos mais bem pagos foi demitido.
A atitude de Galliano foi desprezível, mas é reflexo de uma Europa xenófoba que infelizmente ainda existe. Não que todo europeu seja preconceituoso com judeus ou qualquer outro estrangeiro, mas não se pode negar que ainda existe uma parcela da população do velho continente que tem esse tipo de comportamento vergonhoso...

Agora vejam que ironia o destino ter juntado a judia vencedora do Oscar de melhor atriz e o estilista preconceituoso numa das grifes mais poderosas do mundo fashion...

quinta-feira, 3 de março de 2011

Baixa auto-estima de certos profissionais de comunicação

Empresários, com pouca visão empreendedora, reduzem primeiro a verba do setor de comunicação. Isso ocorre principalmente por considerarem que o setor é um luxo, é supérfluo. Compreendo (mesmo com indignação) o ponto de vista deformado deles, afinal não se formaram nisso, não escolheram estudar isso nem são sustentados financeiramente por isso. O que me irrita, ofende e decepciona de verdade é quando ouço “coleguinhas” reduzirem a nossa profissão a fofoqueiro profissional. Eu não sou fofoqueira como pessoa quem dirá como profissional. O ato de comunicar e divulgar para vários públicos informações relevantes não é fofocar. Primeiro porque existe um compromisso com diversas versões do fato. Segundo porque eu não investiria 4 anos na faculdade para um diploma que comprova que sei fofocar. É muita falta de auto-estima de um comunicólogo afirmar isso.
A informação é fundamental na tomada de qualquer decisão, por menor que seja, na sua vida, mas para isso é preciso que alguém comunique fatos de forma isenta. Fofoqueiros contam a fofoca por algum interesse e sempre contam sua versão com ironias, deboches e exageros (muitos exageros maliciosos). Creio que os jornalistas formados que pensam assim também estão à favor da falta de obrigatoriedade do diploma da categoria. Aliás, posturas como essa, devem ter chamado a atenção do ex-presidente do STF Gilmar Mendes que propôs (e teve êxito) em retirar o diploma obrigatório.


Meus professores afirmam que o mercado recompensará os que estudaram. Mas ainda assim não gosto de saber que meu diploma não vale nada e que tem jornalista que faz questão de dizer que nossa profissão vale menos ainda...

quarta-feira, 2 de março de 2011

A prioridade é se dar bem!

Um dia desses estava eu na aula de Publicidade da minha pós de Comunicação Empresarial. O professor explicava o trabalho de planejamento de mídia que temos que fazer. Ele dava detalhes e falou que o orçamento seria de R$ 500 mil. Um pouco depois reunida com meu grupo, eu dei uma idéia sobre o trabalho para alguns dos integrantes. A resposta que eu ouvi de um deles foi a seguinte:

-“Ih! Relaxa estamos com R$500 mil. A gente gasta milzinho nas ações de publicidade e com o resto viaja para o Caribe."

Eu sei que foi uma brincadeira, mas aquilo ecoou tão mal nos meus ouvidos... Minha resposta impulsiva foi a seguinte.

_ Depois vocês falam mal dos políticos quando eles fazem isso com nosso dinheiro...

A pessoa que me disse isso me olhou com uma cara de surpresa e respondeu.

-É mesmo né...

Nada contra o meu grupo ou quem fez essa brincadeira (eu gosto deles), mas isso me levou a pensar um pouco. Na mesma aula meu professor tinha acabado de afirmar que a oportunidade fideliza o cliente, mas na minha concepção ela aliada a falta de moral também faz o ladrão. Todo mundo critica os políticos os acusando de corruptos (que fique bem claro não estou os defendendo!), mas o primeiro pensamento da maioria quando se trata de dinheiro é se dar bem (mesmo que de brincadeira e nunca vá realmente fazer isso – como essa pessoa não faria tenho certeza!). Só que esse tipo de pensamento me assusta. Minha primeira reação a ele é acreditar que essa pessoa se estivesse no lugar do prefeito faria o mesmo com os recursos públicos. É fácil falar mal dos gestores que escolhemos nas urnas, mas o que diferencia você deles muitas vezes pode ser a falta de oportunidade... (odeio pensar isso!).

Admito que fui muito radical nesses post. Não me lembro, mas eu mesma posso ter feito uma brincadeira similar a essa um dia. Mas, isso é um alerta para termos cuidado com nossas palavras e pensamentos. Além disso, é preciso votar consciente e principalmente não ficar só acusando os políticos deveríamos fiscalizá-los também!