quinta-feira, 28 de abril de 2011

William, Kate & a futilidade mundial

E de repente todo mundo se sente íntimo da família real da Grã Bretanha.


Todo mundo se interessa pelas chatices protocolares de eventos da realeza e detalhes de uma monarquia quem nem é nossa.



É como se as pessoas estivessem desesperadas para se iludir com um placebo intitulado pela mídia de conto de fadas contemporâneo...


Parece até um transe coletivo voluntário.


Tudo isso porque a imprensa força a barra jogando essas informações fúteis guela abaixo já que tem direito de exibição do casamento real.


Tudo isso porque a família real quer parecer mais popular e moderna para o mundo não achá-la desnecessária e aniquilá-la financeiramente.


Tudo isso porque os velhos burgueses querem aproveitar a oportunidade para vender tudo e qualquer coisa com a cara dos novos pombinhos...

O cidadão britânico sustenta a rainha Elizabeth e a grande família dela e ainda fica suspirando por essa nova grande despesa. Se a rainha fosse brasileira iria ser esculachada pelo povo como a memória da nossa família real (Dom João e Carlota Joaquina por exemplo).




Acho que o deslumbramento é porque são estrangeiros ...



Ah! Se fosse para falar de política ou economia brasileira
ninguém ia ter a mesma disposição...


OBS: Não leve esse texto muito a sério! São apenas devaneios desse blog muito do atrevido...

4 comentários:

  1. Vivemos na era da informação e tudo ganha uma proporção muito grande de acordo com interesses da própria imprensa. Uma celebridade é feita da noite para o dia; uma revolução ou um terremoto do outro lado do mundo, chegam até nós quase que imediatamente. Tudo isso supre a necessidade rápida que o público tem de consumir, e descartar com a mesma facilidade - ou alguém ainda se lembra que somente em 2011 tivemos as chuvas na Região Serrana, terremoto no Japão e revoltas populares no Egito? Todos estes fatos atenderam a demanda e o assunto se esgotou; agora, a ordem do dia é o casamento do príncipe. Confesso que irei assistir; mais por ser um fato incomum, por envolver todos os elementos mágicos -com licença da expressão- em torno do poder, do que simplesmente aplaudir aquela família que sequer sabe da minha existência. Kate e William estão com a vida ganha e, diante de tudo isso, agradeço por sermos uma República - supostamente, sustentamos um parasita por quatro anos, os ingleses sustentam por toda a vida. Mesmo assim, irei assistir. Ah, vamos lá, quem não queria ser rei?

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  2. Ser a rainha da Inglaterra é mole. Ela fica só fazendo social e o grande desafio dela deve ser evitar escândalos na família. Porque poder que é bom ela não tem...

    Claro que tb vou dar uma assistidinha..

    O que me irrita é como as pessoas ficam suspirando e comentando como se fosse o casamento do filho delas...

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  3. Falando nisso será que vão vender tb a trilha sonora da missa? Pelo menos é música instrumental né...

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  4. Eu vi o casamento e me surpreendi com o número de pessoas presentes: em torno de um milhão. Quando vi aquela multidão na porta do Palácio, lembrei da Revolução Francesa. Não há mais ideologia que seja suficientemente persuasiva. A mídia, em suas mais variadas formas, é um grande instrumento de consumo. A família real pode ser um enfeite; mas é um enfeite caro, que gera dinheiro, que tem a força da propaganda, da ritualística milenar que causa admiração. Por isso havia tanta gente naqueles portões, não para exigir qualquer coisa, contudo para aplaudir um reles beijo entre os mais comuns seres humanos, investidos, porém, de coroa. É isso que os caducos 'revolucionários' não conseguem fazer; não conseguem 'vender seu peixe' tão bem.

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