domingo, 22 de janeiro de 2012

Indecisão e o confronto interior: Um conto real

A indecisão consumiu minhas forças por um tempo, mas isso já faz parte do passado... Ela abriu a porta para o medo entrar na minha alma e eu nem notei. Lá, gradativamente, ele fez seu ninho por alguns meses. Mesmo não sendo um medo dos mais fortes e profundos, ainda assim, ele me angustiava. Era somente o medo mais básico: o medo de errar. No início, eu nem percebi sua presença, mas ele foi se fazendo cada vez mais presente e forte em mim. O folgado até se reproduziu enquanto passava uma proveitosa estada em meu interior. Ele gerou o medo de mudar; o medo de ir adiante; o medo de saber o que acontecerá no próximo raiar do sol; o medo de não conseguir e o medo do arrependimento... Malditos medos! Culpa da indecisão... Aliás, ela era muito cruel comigo! A sádica me mostrava vários futuros possíveis e vários portais, mas não me mostrava qual portal correspondia a qual futuro. Rindo, ela cismava em me mostrar várias vezes os futuros que eu não queria. E me perguntava:



- É isso que você quer para você? Você sabe bem que isso pode acontecer...


E aí o medo vinha e me fazia companhia. Era o ombro, nesse caso inimigo, para minhas lágrimas invisíveis... Depois chegava a inércia e me levava para fazer as mesmas coisas (aquelas que eu queria eliminar) e lá ia eu novamente de mãos dadas com a insatisfação e acorrentada pelo medo...



Um dia enquanto todos esses carcereiros meus se distraíram, eu recebi uma visita rápida e inesperada, mas que fez toda a diferença. Uma voz me disse então:


_ Você é jovem ainda! Aabe que está passando por um processo de fim de um ciclo. Só falta você agir e fazer o que tem que ser feito para que o novo comece para você!


Intimamente eu sabia disso, mas perguntei:


_ E se der errado? E se acontecer aquilo que já aconteceu uma vez e eu não quero que se repita...


A voz respondeu:


_ Ora você não é a mesma de antes! Não deixará isso acontecer novamente. Está na suas mãos...


Ainda exitante questionei:


_ Mas, se não por minha culpa, e acontecer de novo?


A voz respondeu:


_ Não há mal que seja eterno! Tudo muda, você querendo ou não! Tudo muda! E você sabe que está na hora de mudar. Está na hora de viver! E você também sabe que erros fazem parte do aprendizado. Está na hora de aprender coisas novas. Está na hora do movimento! Hora da luta! Hora de receber o novo ciclo! - motivou-me a voz da Coragem.



Nessa hora matei a indecisão! Sem dó nem piedade... E antes que o medo e seus malditos filhotes pudessem voltar, segui o conselho da Coragem e resolvi o problema.


Cá pra nós, não sei se realmente eu fiz o certo. Mas, certamente fiz o que eu sentia que deveria ser feito. Estou feliz agora! E sabe por quê? Porque ao fazer a mudança, o alívio se fez presente e desde então ele anda comigo. Não sei até quando, mas quem sabe do futuro, não é?


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