Um dia desses estava eu na aula de Publicidade da minha pós de Comunicação Empresarial. O professor explicava o trabalho de planejamento de mídia que temos que fazer. Ele dava detalhes e falou que o orçamento seria de R$ 500 mil. Um pouco depois reunida com meu grupo, eu dei uma idéia sobre o trabalho para alguns dos integrantes. A resposta que eu ouvi de um deles foi a seguinte: -“Ih! Relaxa estamos com R$500 mil. A gente gasta milzinho nas ações de publicidade e com o resto viaja para o Caribe."
Eu sei que foi uma brincadeira, mas aquilo ecoou tão mal nos meus ouvidos... Minha resposta impulsiva foi a seguinte.
_ Depois vocês falam mal dos políticos quando eles fazem isso com nosso dinheiro...
A pessoa que me disse isso me olhou com uma cara de surpresa e respondeu.
-É mesmo né...
Nada contra o meu grupo ou quem fez essa brincadeira (eu gosto del
es), mas isso me levou a pensar um pouco. Na mesma aula meu professor tinha acabado de afirmar que a oportunidade fideliza o cliente, mas na minha concepção ela aliada a falta de moral também faz o ladrão. Todo mundo critica os políticos os acusando de corruptos (que fique bem claro não estou os defendendo!), mas o primeiro pensamento da maioria quando se trata de dinheiro é se dar bem (mesmo que de brincadeira e nunca vá realmente fazer isso – como essa pessoa não faria tenho certeza!). Só que esse tipo de pensamento me assusta. Minha primeira reação a ele é acreditar que essa pessoa se estivesse no lugar do prefeito faria o mesmo com os recursos públicos. É fácil falar mal dos gestores que escolhemos nas urnas, mas o que diferencia você deles muitas vezes pode ser a falta de oportunidade... (odeio pensar isso!).
es), mas isso me levou a pensar um pouco. Na mesma aula meu professor tinha acabado de afirmar que a oportunidade fideliza o cliente, mas na minha concepção ela aliada a falta de moral também faz o ladrão. Todo mundo critica os políticos os acusando de corruptos (que fique bem claro não estou os defendendo!), mas o primeiro pensamento da maioria quando se trata de dinheiro é se dar bem (mesmo que de brincadeira e nunca vá realmente fazer isso – como essa pessoa não faria tenho certeza!). Só que esse tipo de pensamento me assusta. Minha primeira reação a ele é acreditar que essa pessoa se estivesse no lugar do prefeito faria o mesmo com os recursos públicos. É fácil falar mal dos gestores que escolhemos nas urnas, mas o que diferencia você deles muitas vezes pode ser a falta de oportunidade... (odeio pensar isso!). Admito que fui muito radical nesses post. Não me lembro, mas eu mesma posso ter feito uma brincadeira similar a essa um dia. Mas, isso é um alerta para termos cuidado com nossas palavras e pensamentos. Além disso, é preciso votar consciente e principalmente não ficar só acusando os políticos deveríamos fiscalizá-los também!
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ResponderExcluirConcordo com você, mas seu texto me fez lembrar Dostoiévski. Ainda outro dia, lia algo que ele dizia e era mais ou menos assim: que o homem, apesar de saber qual é o caminho do correto e do desejável, não pode suprimir sua vontade; a ciência lhe diz, com a exatidão dos números, o que deve ser feito, mas ainda assim sua vontade resiste. Nós estaremos sempre sendo tentados por ela, mesmo que de brincadeira!
ResponderExcluirQue honra vc ter lembrado Dostoiévski devido ao meu texto!
ResponderExcluirEu acho que é por ai mesmo... mas muita gente consegue suprimir sua vontade por causa da moral.
O objetivo desse texto não foi esse mas vou aproveitar o insejo para declarar uma coisa.
ResponderExcluirA educação e a honestidade foram os maiores bens que meu pai me deixou. Eu fiquei pensando porque aquela simples brincadeira me indignou tanto e me dei conta que foi por causa do meu pai. Ele era um homem carrancudo, mas a honestidade era seu principal valor. Ele foi síndico por muitos anos de nosso edifício. Sempre o vi tratar com muita seriedade e transparência o dinheiro do condomínio. Sempre dizia que deveríamos cuidar do dinheiro dos outros melhor do que o da gente. Ele tinha muito medo de ser acusado de ladrão(pq gente pra acusar sem provas sempre tem né...). Então ele estava sempre disposto a sentar com quem quisesse e mostrar as contas pagas e os balanços mensais. Ele foi um ótimo gestor.
Além disso, elesempre pagava suas contas bem antes do vencimento... Minha mãe também é assim, mas meu pai sempre foi sinônimo de força, honestidade e moral para mim...
E além de toda a discussão... Você não faz uma campanha decente com milzinho. ehehehehehe
ResponderExcluir"a oportunidade fideliza o cliente" tanto vc falou... tinha q sair algo sobre! é uma grande verdade por vezes suprimimos 0 desejo... uma tentação q pode levar a ilegalidade ou a imoralidade.
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