quinta-feira, 3 de março de 2011

Baixa auto-estima de certos profissionais de comunicação

Empresários, com pouca visão empreendedora, reduzem primeiro a verba do setor de comunicação. Isso ocorre principalmente por considerarem que o setor é um luxo, é supérfluo. Compreendo (mesmo com indignação) o ponto de vista deformado deles, afinal não se formaram nisso, não escolheram estudar isso nem são sustentados financeiramente por isso. O que me irrita, ofende e decepciona de verdade é quando ouço “coleguinhas” reduzirem a nossa profissão a fofoqueiro profissional. Eu não sou fofoqueira como pessoa quem dirá como profissional. O ato de comunicar e divulgar para vários públicos informações relevantes não é fofocar. Primeiro porque existe um compromisso com diversas versões do fato. Segundo porque eu não investiria 4 anos na faculdade para um diploma que comprova que sei fofocar. É muita falta de auto-estima de um comunicólogo afirmar isso.
A informação é fundamental na tomada de qualquer decisão, por menor que seja, na sua vida, mas para isso é preciso que alguém comunique fatos de forma isenta. Fofoqueiros contam a fofoca por algum interesse e sempre contam sua versão com ironias, deboches e exageros (muitos exageros maliciosos). Creio que os jornalistas formados que pensam assim também estão à favor da falta de obrigatoriedade do diploma da categoria. Aliás, posturas como essa, devem ter chamado a atenção do ex-presidente do STF Gilmar Mendes que propôs (e teve êxito) em retirar o diploma obrigatório.


Meus professores afirmam que o mercado recompensará os que estudaram. Mas ainda assim não gosto de saber que meu diploma não vale nada e que tem jornalista que faz questão de dizer que nossa profissão vale menos ainda...

3 comentários:

  1. infelizmente, a falta de informação leva a isso. Aliás, o que é contraditório: acusar alguém responsável pela informação, justamente por falta dela. Bem, há profissionais que fazem a má fama, vide os colunistas sociais e as revistas como Caras, que transmitem apenas inutilidades.
    Adorei a foto da Sônia Abrão aí; ela se diz comunicadora, mas deveria rasgar o diploma: intrigante, maldosa e ainda se acha no direito de julgar peremptoriamente as pessoas. Tenho aversão ao programa dessa hipócrita!

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  2. O julgamento parece ser uma tendência no jornalismo. Você aprende 4 anos na faculdade a evitar adjetivos justamente para não fazer juízo de valor no texto. Ai vc vê o RJTV 1ª ed. e as primeiras frases da apresentadora são:

    "Começamos o RJ com essa história de terror, esse pesadelo que não sai da cabeça da gente. O assassinato cruel, covarde da menininha Lavínia de 6 anos..."

    O tema é polêmico eu sei, mas a imparcialidade já não é mais uma meta para o jornalismo televisivo brasileiro...
    Não vou me alongar pq isso é assunto para outro post!

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  3. Eu acho formidável o uso das palavras, principalmente em matérias jornalísticas. Lembrei das reportagens sobre o assassinato de Daniela Perez; a Globo fez forte campanha contra o Guilherme de Pádua, taxando-o de mil coisas negativas, somente porque a Daniela era atriz da casa e filha da autora da novela das 20h. Que ele é um assassino, isso não se nega; porém, como todos, ele teria o direito a um julgamento imparcial. Procurem no Youtube, as matérias estão disponíveis lá.

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