Não vou falar da tragédia na escola municipal Tasso da Silveira porque a mídia já está nos massacrando com informações sobre isso...
Ontem vi uma entrevista em que a psiquiatra autora dos livros "Mentes Perigosas" e "Bullying" criticou a mídia pela glamurização da violência. Ela afirmou que as principais revistas semanais brasileiras preferiram estampar a cara do assassino ao invés da face do herói... Concordei com ela plenamente!
Além disso, eu prefiro deixar as palavras do poeta que dá nome a escola no post de hoje. Assisti uma matéria em que uma professora recitava um poema dele e achei super interessante. Se não me engano é o abaixo... mas antes vamos saber quem foi Tasso da Silveira!
Tasso da Silveira
Poeta e escritor curitibano formado em Direito no Rio de Janeiro. Considerado um dos representantes da ala espiritualista do modernismo, ao lado de Cecília Meireles e Tristão de Ataíde. Pertenceu ao grupo da Revista Festa, da qual foi um dos fundadores. Estreou como poeta com Fio d'Água, em 1918. Somente a partir do terceiro livro — Alegorias do Homem Novo—, em 1926 é que adere ao verso livre.
2 (Na noite transfigurada só ficaram os cedros e os ciprestes.)
Na noite transfigurada só ficaram os cedros e os [ciprestes.
A lua surgiu, mas como, na lembrança, um rosto
[antigo explende palidamente e depois
[se apagou.
O vento veio, mas como um pássaro branco de
[grandes asas fatigadas: esvoaçou, lento
[entre as frondes, pousou no chão e
[adormeceu. Os outros seres perderam-se no caminho dos
[milênios.
Ficaram apenas os cedros e os ciprestes e, na altura,
[as estrelas.
E para além dos ciprestes e cedros há só deserto e
[esquecimento.
Poema integrante da série III. Solilóquio. In: SILVEIRA, Tasso da. Poemas de antes. Il. Sônia Castro. Rio de Janeiro: GRD, 1966. p.114 Retirado do blog
Extraído de http://www.jornaldepoesia.jor.br/tas.html#2
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ResponderExcluirAchei deveras interessante o resgate de uma personalidade que está indiretamente relacionada à tragédia. Eu mesmo não o conhecia. Entretanto, não creio que os meios midiáticos tenham glamourizado o assassino, que somente recebeu essa pecha sem que ninguém percebesse que a cabeça dele não funcionava como a de uma pessoa normal. Ele era um doente mental, um desequilibrado. A psiquiatra que escreveu os mencionados livros, obtendo um excelente retorno com seus temas polêmicos, banalizando ao senso comum, era a que ensinava, em um programa matinal da Bandeirantes, como se deveria reconhecer um psicopata desde criança: ''ah, se ela [a criança] puxou o rabo do gato, é um indício''. Ela pode ter o título, mas certamente não é a melhor pessoa para falar sobre o assunto. A Sociedade está doente e o Wellington foi um sintoma.
ResponderExcluirObrigada. Eu tb não o conhecia. Fiquei curiosa após a professora ter o citado...
ResponderExcluirPensando bem a TV (pelo menos as emissoras que estou vendo) não está glamurizando o assassino.
As matérias relacionadas a ele como pessoa nas entrelinhas soam assim: Viu só! Se vc tentar fazer isso vai acabar se matando... Vão te chamar de louco e nem sua família vai ter coragem de reconhecer seu corpo. Ai vc vai ser enterrado como indigente. Então na faça isso...