Por amor aos animais, o estilista americano John Bartlett deixou de se alimentar de carne, leite e ovos. Mas, isso ainda não foi suficiente para esse homem consciente. Ele resolveu ir muito além da alimentação e parou de usar peles (e qualquer matéria-prima que venha de animais) em suas coleções. O estilista de moda masculina foi ainda mais ousado em seu ativismo pelos direitos dos animais, ele se recusou a participar da Semana de Moda de Nova York enquanto peles forem expostas na passarela.
Reconheço que não entendo muito de moda, mas já admiro o corajoso Bartlett. Até onde sei, foi o mundo fashion que transformou em glamour o ato tão primitivo de usar peles retiradas de cadáveres de animais como roupas e acessórios. Bartlett, que desde 1985 atua nesse meio, agora que mudou de estilo de vida se nega a compactuar com essa atrocidade em suas coleções. Talvez essa atitude possa até mesmo prejudicar sua carreira (não creio que seja marketing social porque será um tiro no pé, já que vegetarianos e vegans são minoria no mundo), mas ele vem colocando suas novas convicções morais na frente dos ganhos financeiros.
A atitude de John Bartlett me fez me dar conta de quão perverso são os desfiles de moda. É um verdadeiro freak show! Mulheres intencionalmente esqueléticas são usadas como cabides para dar destaque às criações de estilistas. Para que isso aconteça, vários animais são criados para morrer da pior forma possível: agonizando enquanto seus pêlos ou peles são arrancados ainda em vida... Depois dessa atrocidade, as peles viram matérias-primas para a confecção de modelitos que são vendidos a preços exorbitantes e logo tornam-se objetos de desejo da maioria das pessoas. Não só o mundo da moda é bizarro, mas o mundo inteiro é. Lembrem-se que as meninas sonham em ser modelos (cabides) e os adultos em usar roupas na última moda (mesmo que sejam feitas de cadáveres de animais indefesos).
Fico extremamente feliz com atitudes como as de John Bartlett. Para mim, ele está de parabéns!
Fica até bonito dizer-se à favor do direito dos animais, mas ainda assim fazer parte de um mundo extremamente desigual para seres humanos, onde nem a terça parte pode comprar esses tais vestidos ou muito menos pisar em uma passarela.
ResponderExcluirverdade.... concordo com o Barão!
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